quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Este é um projeto que visa amenizar o calor excessivo de São Luís.


Todo ludoviscence esta de acordo que o calor em dias de sol está ficando insuportável. Sem esperar que porventura neve em São Luís, venho propor uma ação simples para que seja implantada e divulgada por todos, para que assim consigamos reduzir 5° C da temperatura média.

O mérito do sucesso deste projeto será de todos.

A proposta:
Em uma revista sobre meio ambiente, havia uma matéria com soluções para reduzir o aquecimento global. Uma delas era pintar o teto das residências de branco.

Parece brincadeira, mas... não é!


As telhas predominantes em São Luís são de coloração alaranjada. Com esta cor, as telhas refletem apenas de 30 a 50% da radiação solar. Telhas com coloração branca refletem 90% da radiação solar, isso por causa da propriedade de reflexão da cor branca.

Tirando um tempo para visualizar a cidade por um mapa, nota-se que há muitos blocos residenciais, com todas as residências com telhas alaranjadas. É como se fosse um grande painel de absorção solar.

Para uma cidade naturalmente quente como São Luís, o calor absorvido pelo asfalto negro já é o suficiente para criar uma irradiação de calor bem desagradável.


Edifícios mais verdes:
Outro ponto observável é que São Luís está ganhando muitos edifícios. Bom para o progresso, mal para o ambiente. Mas ainda assim há uma solução prática: Para os edifícios, que costumam serem blocos cinzentos de concreto no topo, a solução é que seja criado um Jardim na cobertura. Cultivando o verde nestes espaços, por menor que sejam já é o suficiente para ajudar a ilha a ser mais agradável. Além de aumentar a cobertura verde será reduzida a absorção do calor, ajudando assim a reduzir ainda mais a temperatura média. Cidades grandes como São Paulo, por exemplo, caso adotasse tal medida, teria a temperatura reduzida em até 11° C.

Algumas pessoas podem estar se perguntando se não ficaria frio demais e com isso algum dano seria causado no meio ambiente. Está provado que não. Quando este projeto ainda estava sendo idealizado, foram consultados vários geógrafos tanto locais como nacionais. Todos asseguraram de que 10° C não causa nenhum tipo de dano ao meio ambiente e aos ciclos naturais e até pelo contrario, seria devolvido o clima natural do local antes de se tornar uma cidade. Vale lembrar que as árvores são agentes redutores da poluição e usam a energia solar na fotossíntese, além de ajudar na estabilidade da umidade do ar local e são agentes diretos do equilíbrio da variação térmica, o que torna os dias mais frios, e as noites menos frias, causando assim uma gigantesca melhora na qualidade de vida geral e na manutenção da saúde.

A viabilidade do projeto:
Este é o principal obstáculo calculado. Tem que se levar em conta três coisas que são uma realidade na ilha:

  1. O valor da tinta
  2. A preguiça do ludoviscence
  3. A indiferença humana

De fato, a tinta não tem um valor econômico muito agradável para muitas pessoas. E deve-se enfatizar que para pintar um teto a tinta deve ser própria para exteriores e de qualidade. As tintas brilhantes são ainda mais caras. Neste caso não há muito que fazer a não ser uma conscientização geral a respeito do projeto, para que todos façam suas reservas e contribuam para tornar a cidade onde vivem em um lugar mais agradável.
Mais a frente vou apontar outra solução para este caso.

A preguiça quase típica do ludoviscence pode ter varias causas, mas uma delas sem duvida é o próprio calor! Quando exposto a temperaturas, como as da ilha, o corpo humano relaxa e por isso a disposição acaba por ser reduzida. Essa descontração pode ser boa para o humor, mas é péssima para o progresso coletivo. As pessoas que estão deitadas em redes se abanando para fugir do calor poderiam estar contribuindo de forma positiva para a cidade. Reduzir o calor ajudará também a reduzir a preguiça que pode estar segurando muita gente de produzir mais, enriquecer mais e ser mais feliz.

A indiferença do ser humano em relação aos assuntos ambientais é notável. Certo que não devemos ser pessimistas e alarmistas, nos por doenças emocionais por que estamos "muito preocupados com essa catástrofe" e nos tornar rebeldes e resmungões. Não precisamos ser tão estúpidos. Basta que sejamos mais maduros. A pessoa madura sabe que ao se deparar com um problema ela deve aceitá-lo completamente, e então se dispor a resolvê-lo. Sem abalos. Sem repressão. Sem reação emocional negativa. A indiferença deve estar presente no emocional, para que a pessoa não crie um pânico desnecessário e se torne alarmista, mas a confusão é tamanha que as pessoas se tornaram indiferentes no racional, então elas simplesmente ignoram e esperam que alguém venha resolver isso pra elas.

As conseqüências do sucesso:
A palavra conseqüência nem sempre significa algo ruim, como andam ensinando por aí. Toda causa provoca uma conseqüência, e aqui estão elas.

  1. A redução da temperatura media de 30° para 25° C
  2. A redução do calor irradiado
  3. A redução da temperatura interna das residências em até 5° C
  4. Uma nova caracterização da ilha
  5. Uma pequena contribuição para amenizar o aquecimento global


O significado:

A redução da temperatura será resultado de uma maior reflexão da radiação solar. Como os espaços entre as residências são pequenos, criou-se verdadeiras “placas” de absorção de calor. Este estudo foi feito nos pólos, onde a neve branca devolve 90% do calor solar e mantém o gelo polar intacto. Com o aumento sensível da temperatura o gelo começa a derreter, virando assim água, e como a água tem uma taxa de reflexão da radiação solar de 8%, isso se torna um efeito em cadeia. Quanto mais o pólo derrete, mais ele contribui para seu próprio derretimento. Da mesma forma funciona nas cidades. Quanto mais quente, menor a chance desse calor se dissipar, formando as bolhas chamadas ilhas de calor, que são verdadeiros escudos contra outra corrente mais fria.

O calor irradiado acontece quando um objeto sólido não absorve mais calor e continua sendo aquecido, dessa forma ele passa a irradiar o calor acumulado para outros objetos mais próximos, compartilhando o calor. Quando o teto da residência chega ao ponto máximo de aquecimento que a telha pode suportar ele começa a irradiar esse calor para os objetos mais próximos, que são as paredes, o forro caso houver, depois para os móveis e para o ser humano. Como? Sim, para o ser humano. Você acaba sendo um dispositivo de resfriamento ambulante. Esse é o calor que causa a sensação de queimação, a sensação de abafamento, que causa a transpiração e que pode causar estresse, dores de cabeça, desidratação e aquela preguiça. Isso não é saudável. Veja esse estudo:
As perdas na produtividade por excesso de calor foram analisadas pela NASA (report CR-1205-1) veja tabela abaixo. O relatório conclui por exemplo que quando a temperatura da área de trabalho atinge 30°C a produtividade cai cerca de 20% e há um aumento de 75% na freqüência de erros.

(clique na imagem para ampliar)

A redução da temperatura interna das residências tende a cair tanto por causa da redução do calor absorvido pelo telhado. Como as casas em São Luís têm em média um pé direito (a distância entre o forro e o chão) de aproximadamente 3 metros, essa redução na temperatura será muito bem vinda. Para lugares quentes como São Luis, o pé direito da casa deve ser bem mais alto, para que haja espaço para o ar dissipar o calor acumulado no forro, além de ser necessária a abertura de espaços para que o ar entre, como as persianas que ficam sobre as portas, que podem ser observadas nas casas mais antigas. Essa redução na sua moradia não será beneficio para ninguém mais senão você mesmo. Você estará ganhando mais qualidade de vida.

A ilha de São Luís só possui uma região que não pode ser descaracterizada que é o Centro Histórico, devido ao titulo de Patrimônio da Humanidade dado pela UNESCO. Todo o resto da ilha está à vontade para ser moldada da forma que se quiser. Ao fim do projeto a ilha estará mais branca. A vista por cima será ainda mais significativa e até mesmo mais bela. Quem sabe a cidade não ganhará o titulo de “cidade branca”? A cor branca e suas propriedades proporcionarão um espetáculo a parte durante as auroras e os crepúsculos, onde os telhados podem se tornar dourados quando atingidos pelos raios solares inclinados. Fascinante.

Contribuindo para a redução do calor nesta pequena cidade, pode-se comemorar também que o mundo estará mais frio. Uma célula que seja mudada já é uma grande coisa ao contrario do que muitos pensam. Observando o exemplo ludoviscence, outras cidades se sentirão motivadas a abraçar a causa e adotar o projeto. Assim, uma por uma, as bolsas de calor artificiais que são as cidades começarão a se resfriar e a soma final disso será um mundo mais frio, uma melhor qualidade de vida para os brasileiros e uma melhor imagem para o mundo, demonstrando que nosso povo é unido e sabe fazer a diferença.

Outras soluções:

Para muitas pessoas a solução é se trancar em um espaço ar condicionado e mandar que tudo vá se ferrar. Mas não. Não é isso que estamos falando...

Existem telhas que já são brancas. Vários processos podem fazer uma telha ficar branca, tal como o tipo de barro ou a lenha usada nas olarias. Não são mais caras que as laranjas e são mais resistentes, já que não sofrem com a dilatação térmica causada pela radiação solar direta.

O Maranhão possui grandes reservas desse barro branco. Um patrimônio que poderia estar sendo usado em nosso próprio beneficio. Para isso, basta que as olarias troquem o tipo de barro na produção de telhas, e que as companhias de material de construção passem a divulgá-las.

O aumento na demanda por tintas poderiam elevar seus preços. Esse projeto tem uma expectativa de implantação de dez anos, pois como todo projeto, tudo se dá de forma lenta. Os resultados também lentamente serão observados. Portanto, caso ocorra esse desajuste na economia local é melhor que se dê um tempo até que os preços caiam novamente.

Em período de seca, muitos ludoviscences aproveitam para reformar suas casas. Por que não trocar as telhas velhas por outras novas e branquinhas?

O asfalto feito com borracha e granito é mais resistente, mais aderente, mais claro e é menor condutor térmico e por isso absorve menos calor. Com algo assim a disposição não sei por que os perímetros urbanos ainda recebem asfalto puro, que é totalmente negro e mais frágil e acaba sendo uma grande estrutura de absorção de calor.

Síndicos dos edifícios podem alegar um aumento no valor do condomínio como uma taxa para a manutenção dos jardins de cobertura. Soluções para isso não faltam. Primeiramente deve ser feito uma reunião com os moradores para explanação do projeto e dentro desta serem apontadas soluções práticas para a implantação no edifício sem que se torne algo imposto ou que venha a pesar na economia dos moradores. Depois deve ser verificada a forma do jardim, para que haja crescimento ordenado, irrigação e escoamento corretos. Caso for verificada a inviabilidade do projeto, pode-se simplesmente pintar a cobertura de branco também. De qualquer forma o importante é a contribuição de todo espaço que esteja funcionando como absorvedor da radiação solar. A forma mais traquila de se ter um jardim suspenso é utilizando plantas xerófitas, pois demandam pouca agua e são altamente resistentes a ensolação e calor.

Agora é com você: =)

Passe adiante essa idéia. Divulgue este site.

Vamos fazer a diferença.